A história da minha paixão pelo audiovisual vem bem antes do que você imagina, meus avós sempre tiveram uma câmera analógica para registrar tudo, e meu pai, ele era o tio do churrasco que fazia os registros na filmadora. Nessa época, com os meus 3 anos, eu já tinha contato com filmes em VHS e o que mais me marcou nessa época eram os filmes educativos Disney 's Magic English e um documentário do Discovery que falava sobre tornados e métodos de sobrevivência. Acredito que não é à toa eu gostar até hoje de documentários. A geração Y vai se lembrar como vivenciou a transição das mídias. Antes de dar continuidade, daremos uma pausa para pegar um café.
Não tem como não falar da música, e ela, bom, ela sempre esteve presente em minha vida. Meus pais tocavam instrumentos clássicos, piano e sax. Não posso deixar de lado as outras formas que a música se fez presente. Como eu disse anteriormente, eu observei a transição da mídia, me lembro dos meus avós escutando vinil, tendo as minhas fitas, e como eu amava escutar rádio e fazer as mixtape. Infelizmente, com tantas mudanças, não faço ideia de onde parou, se você que está lendo, tem alguma das minhas seleções, por favor, entre em contato comigo.
Dei toda essa introdução para chegar a era MTV, um simples canal de música, mudou toda a minha vida e não é atoa que por conta deste canal, escolher jornalismo foi uma opção. Além de trazer muitas informações, o que eu mais amava é que os VJs podiam ser eles mesmos, não precisavam entrar em um padrão “cis normativo”. Tenho convicção de que todas as minhas vivências, experiências, amores e desamores, conduziram-me a me tornar quem sou, uma pessoa apaixonada pela arte de fotografar o que é belo, sem edições no corpo, mostrar como a beleza pode vir de diversos lados.
Fazer diferença através da imagem, do som, de vivências, dar voz a quem não tem voz, esses foram os valores que fizeram nascer a Unicórnio Filmes e recentemente a Icamiabas. Eu Nasci Assim foi apenas o primeiro trabalho que mostra a minha visão sobre a arte. Afinal, quem sou eu? Bom, eu sou apenas um aglomerado de meras lembranças em constante evolução, em constante mutação, pronta para as novas lembranças e as novas referências que estão por vir.